Em fevereiro fomos a uma “pool party” na Riozin, pousada liberal na Barra da Tijuca, e relatamos nossa experiência aqui. Tivemos uma impressão positiva sobre o local em si – bonito, limpo e bem organizado – mas nos decepcionamos um pouco com o público, que estava mais disposto a conversar do que a fuder. Percebemos que antes de formar uma opinião definitiva deveríamos retornar à casa e conferir se as festas noturnas seriam mais animadas ou teriam o mesmo “ranço de festa de clube” (palavras do DJ da pool party).

Voltamos à Riozin em uma sexta-feira, no meio de um feriadão. Imaginávamos que a casa não estaria lotada, e acertamos: havia mais ou menos a mesma quantidade de pessoas que em nossa primeira visita. A piscina estava fechada, então o povo se aglomerava nas mesas ao redor de uma banda que desperdiçava seu talento em músicas quase ininteligíveis de ritmos estranhos (justiça seja feita: mandaram bem quando entraram em modo flashback e tocaram dois ou três hits dos anos 80). Outra coisa parecida com nossa primeira visita é que novamente ninguém chamou nossa atenção: a maioria dos casais aparentava ser mais velho do que nós. Os homens se dividiam principalmente entre os estereótipos “tio barrigudo” e “tio bombado”; já as mulheres espalhavam-se por um espectro maior, indo desde a senhora de vestido abaixo dos joelhos, sem decote, que parecia ter saído do culto na Lagoinha direto para o swing, até as morenas ratas de academia embaladas a vácuo.
Pegamos nossas bebidas e ficamos esperando a banda encerrar seu show e o DJ começar a tocar na pequena boate. As pessoas foram se dirigindo para a pista, atraídas pelo bom setlist, mas não se arriscavam a visitar as áreas de interação, que continuavam vazias. Como nenhum casal nos interessou de fato, ficamos bebendo e dançando, e foi bem divertido.
Com o passar do tempo percebemos que a quantidade de casais ia diminuindo. Visitamos mais uma vez a área de interação, e finalmente havia um casal fudendo em uma das cabines com glory holes. Resolvemos também fazer a nossa parte, e fomos para outra cabine: a sra. Fetichista sentou-se, abriu as pernas, e comecei a chupá-la. Algumas pessoas nos viram pelas pequenas janelas de vidro; uma mão apareceu em um dos buracos na parede em que ela estava apoiada, e começou a apalpar os seios dela. Instantes depois a mão sumiu, e foi substituída por um pau; disse à sra. Fetichista para chupá-lo se quisesse, mas entre gemidos ela respondeu que não estava afim. Continuei a acariciar aquela buceta encharcada, até perceber que ela estava satisfeita. Posteriormente ela disse que não interagiu com a rôla aleatória porque nenhum dos caras que viu por lá a havia atraído; ela curtiria chupar alguém que a atraísse, ou um desconhecido, mas não alguém que não despertasse tesão (o que obviamente faz sentido).
Saímos da cabine, e passamos por uma cama na qual um cara fazia um ménage com as duas morenas que usavam vestidos embalados a vácuo: enquanto ele comia uma, a outra os acariciava e os beijava, tudo isso sendo assistido de perto por um outro casal. Rimos, e comentamos entre nós que já tínhamos passado por aquilo algumas vezes, com a sra. Fetichista tendo atuado em ambos os papéis que as morenas bombadas exerciam naquele momento. Fomos embora logo depois, pois a casa já estava praticamente vazia. Saímos de lá com a impressão que, no final das contas, o espírito da Riozin seja realmente esse: um ótimo local, frequentado principalmente por pessoas mais velhas do que nós, e que tendem a estar mais dispostas a conversar entre si do que interagir sexualmente com terceiros. Uma pena!
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Não sei se já manifestei essa opinião aqui antes, mas, se sim, cabe um novo registro. Admiro o casal por ser bem resolvido pra lidar com o prazer do parceiro junto de outras pessoas sem crise. Embora entenda que todo relacionamento deva ser assim, com sexo e amor podendo caminhar também separados, pra mim é impossível lidar com isso na prática. Não conseguiria dividir o prazer da minha parceira com outros.
Não é por funcionar com a gente que isso deve ser uma regra… pessoas são diferentes entre si, e não há “certo” ou “errado” com relação a isso!