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Asha Club Rio

Gostamos de casas de swing porque elas desburocratizam a putaria. Enquanto os apps foram tomados por gente que diz “buscar amizades”, mas é incapaz de dizer mais que um “oi” no chat, nas casas você satisfaz os hormônios libidinosos sem precisar sequer saber o nome dos envolvidos. Apreciamos muito isso, e só não as frequentamos mais por causa das indisponibilidades típicas da vida do proletário.

No Rio de Janeiro há três estabelecimentos que se dedicam exclusivamente ao swing: 2a2, Mistura Certa e Asha Club Rio. Visitamos a 2a2 ano passado, e fomos ao Mistura meses atrás; faltava apenas a Asha para completarmos a tríplice coroa da putaria carioca. Assim, quando um feriadão livre nos surgiu, não pensamos duas vezes, e viajamos até a Barra da Tijuca para buscar a última figurinha de nosso álbum.

Propaganda da noite da lingerie da Asha Club Rio.
Era “noite da lingerie”, mas pouquíssimas estavam vestidas a caráter. Sugestão para a casa: que tal alguns incentivos nas noites assim? Dose dupla para quem for ao bar usando apenas calcinha e sutiã, por exemplo…

Logo de cara já ficamos impressionados com a estrutura do lugar. Diferente das outras casas que fomos aqui no Rio, a entrada era um espaço amplo, claro e bem cuidado, com um banner para fotos e um grande balcão no qual trabalhavam simpáticas funcionárias. Contudo, não havia uma hostess, alguém que nos apresentasse a casa; para nós não fez muita diferença – apenas tivemos que perguntar ao segurança onde ficava o fumódromo – mas, para um casal que vai pela primeira vez a um ambiente desses, talvez o tour guiado ajude a deixá-los mais à vontade.

Entregamos minha bolsa e nossos celulares às funcionárias da entrada, para que fossem guardados na chapelaria, e entramos na pista de dança. Outra surpresa positiva: o grande salão já estava bem cheio, e não eram nem 23h. Pegamos um drink no bar e fomos andar pela casa, observar os ambientes destinados à putaria: dois andares localizados ao final da pista, o térreo liberado a todos, o mezanino exclusivo para casais e solteiras.

Mulher nua de costas abrindo a porta
Nos esquecemos de tirar fotos desse dia, sorry. As imagens ilustrativas deste post foram tiradas ao final de nossa aventura passada.

Uma porta dupla separa a pista de dança do ambiente do térreo destinado às sem-vergonhices. Se na pista a iluminação é típica de uma boate, após as portas a meia-luz tendendo ao vermelho domina. Há um corredor central, que divide o espaço em dois: à esquerda, um “labirinto” composto por três corredores e cabines para interação; todas tinham pequenas janelas treliçadas de madeira, que forneciam uma visão restrita do que rolava lá dentro, e algumas tinham glory holes. À direita, uma variedade maior de espaços: um labirinto menor, com cabines parecidas mas apenas dois corredores, um dark room intimidador, um quarto com uma cama gigante, e uma cabine com paredes de vidro – naquela primeira visita, este aquário era o único ambiente vivo, ocupado por casal que conversava.

Voltamos para a pista, e subimos ao segundo andar. O acesso é por uma escada de madeira, guardada por um segurança; essa escada termina em um corredor cuja parede esquerda é dominada por uma grande janela de vidro, que possibilita a visão do interior do quarto principal. Espaçoso, este quarto possui três camas grandes e um sofá quase escondido ao fundo. Seguindo no corredor, chega-se a duas “semi-suítes” – espaços com banheiros, mas que contavam com sofás contínuos ao longo das paredes ao invés de camas. Assim como o térreo, o mezanino também estava sendo desperdiçado naquele momento: havia apenas um casal se pegando em uma das semi-suítes.

Descemos, atravessamos a pista e fomos para o fumódromo, área que aprendemos a explorar em busca de interações. Demos azar: estava vazio, com apenas um casal mais velho, que não nos atraiu. Além disso, o próprio arranjo do lugar – bancos de madeira ao longo da parede do que parecia ser uma grande garagem – dificultava eventuais papos.

Após esse rolê, nossas percepções não eram lá muito animadoras. Havia uma grande quantidade de caras com idades muito acima da média do meu interesse, uma profusão de tiozinhos com uma vibe Robert California da Zona Oeste. Eles formavam casais fakes com acompanhantes significativamente mais novas. Em determinado momento da noite estávamos acompanhando a pegação em uma das camas do segundo andar, e o sr. Fetichista começou a dedilhar o grelo de uma mulher, que logo soltou um “eu não quero gozar” – foi o sinal para que ele, que tem um olhar clínico para garotas de programa, percebesse que ela estava ali a trabalho. Conversamos um pouco, descobrimos que ela e uma amiga estavam lá acompanhando um americano em sua primeira vez na casa, e pegamos o contato. Mais tarde, no fumódromo, pedimos um cigarro a uma interessante e solitária morena; nossas segundas intenções se frustraram quando ela nos contou que estava lá em um job.

Mulher deitada na cama, apoiada em uma das mão, sorrindo e mostrando os seios
Escrevendo esse texto percebemos que ninguém, tirando nossa amiga cuck, se deliciou nesses seios naquela noite. As definições de desperdício foram atualizadas com sucesso.

Deixamos o fumódromo, ficamos um pouco na pista, e fomos dar uma segunda volta pelos ambientes de putaria, a essa altura bem mais movimentados. Num dos corredores do primeiro andar nos deparamos com uma pequena platéia masculina, que observava através dos buracos do glory hole e da janela telada um casal transando dentro de uma das cabines. Nos juntamos à audiência, mas logo depois eles pararam de fuder, e o homem colocou o pau para fora pelo buraco. Adorei o que vi, e fui logo pegando e me ajoelhando. Comecei a chupar só a cabeça, que era bem grande, e depois continuei com movimentos por todo aquele caralho, que era bem grosso pra minha boca pequena. Logo fui surpreendida pelas mãos da companheira do cara, que saíam pelo outro buraco me procurando, me tateando; não pensamos duas vezes, me levantei e fomos à porta da cabine no corredor ao lado pedir para entrarmos. De cara ela nos avisou que não queria trocar, mas que eu poderia fuder com o marido dela à vontade. Era uma cuckquean, mas que também curtia ajudar e participar: ela caiu de boca na minha buceta e me fez gozar muito gostoso. Enquanto ela me chupava o sr. Fetichista e o outro cara apenas apreciavam o cena, mas depois de um tempo eu pedi para sentar no pau do cara. Ele me colocou de 4 e meteu com gosto, enquanto a esposa ajudava estimulando meu grelo com os dedos e o sr. Fetichista a acariciava e beijava. O cara tentou colocar um dedo no meu cu, mas eu disse “não” e ele prontamente respeitou (consentimento é sobre isso! Ele foi mais respeitoso comigo, em uma relação casual, do que muitos parceiros são com as mulheres de anos). O cara me fudeu até eu cansar, literalmente; depois, eu quis retribuir o oral dela, já que estávamos trocando beijos e chupando os peitos uma da outra, mas ela disse que não precisava, provavelmente pelo fato do sr. Fetichista ter caído de boca na buceta dela e a feito gozar algumas vezes. No final, cumpriu-se uma promessa que ela me fez assim que entramos na cabine: que eu sairia de lá com as pernas bambas.

Voltamos para a pista de dança, e acabamos ficando por lá a maior parte da noite, dançando e bebendo (a propósito, parabéns para o DJ da casa, que manteve um setlist maravilhoso a noite toda). Retornamos aos ambientes de putaria outras vezes, mas não ocorreu nenhuma outra interação digna de nota. Interessante observar que, nas camas do segundo andar, a maioria das pessoas interagia com seu par, em casal – no geral, ao longo de toda a noite presenciamos poucas situações de putaria generalizada, aquele bando de gente se pegando uns aos outros bem gostoso. Até mesmo na pista de dança isso ocorreu: quando subi no queijo do pole dance houve zero interação com outras mulheres, cada uma estava dançando sozinha, algo muito diferente da pegação generalizada que já participamos em outros queijos por aí.

A gente também teve essa percepção de “falta de disposição para a putaria” em nossa visita à 2a2. Como esse sentimento não ocorreu em nossas aventuras no Sul, somos levados a crer que talvez seja algo típico daqui: o carioca se retrai em ambientes de putaria. Parece que, quando há muitos dessa espécie reunidos em um mesmo lugar, a aura de simpatia evapora e dá lugar a uma marra que dificulta aproximações. As pessoas parecem não estar tão interessadas em interação, ficam retraídas, especialmente as mulheres. Por sinal, talvez algumas delas estivessem lá apenas para acompanhar seus parceiros, sem ter um interesse genuíno, próprio na putaria; o sr. Fetichista percebeu que alguns caras deixavam as esposas sozinhas nas mesas da pista de dança, e iam desacompanhados para a área de libidinagem. Também notamos alguns casais nos labirintos em que o marido estava com o pau para dentro do glory hole, esperando um boquete, e a mulher passivamente agarrada a ele, sem ação nem expressão. Outra cena super inusitada que presenciamos ocorreu numa das camas do segundo andar: um cara estava acompanhado de três mulheres, mas uma delas usava máscara e calça comprida, totalmente deslocada do ambiente. Quando o cara partiu para um ménage com as outras duas, ela pegou lenços de papel, álcool em gel, e limpou a área da cama aonde eles iriam se deitar. Tentamos conversar com ela depois, por curiosidade, mas ela reagiu grosseiramente à nossa abordagem.

Infelizmente não conseguimos ver o que aconteceu nesse ménage insólito porque, no momento em que o trio começava a se pegar, um idiota – não há palavra mais adequada para descrevê-lo – tentou tirar fotos de casais que fudiam na cama imediatamente atrás da que estávamos. Os caras próximos interviram, impedindo-o gentilmente, e nós rapidamente descemos e chamamos o segurança que estava na base da escada. Ao sair, conversando com o staff enquanto fechávamos nossa conta, descobrimos que as duas fotos que o infeliz chegou a tirar foram apagadas, e ele foi expulso da casa.

Me diverti muito naquela cabine, em uma posição parecida com essa…

Depois desse episódio, ainda presenciamos uma outra cena pitoresca. Numa das semi-suítes do segundo andar, uma moça em estado alcoólico alterado estava sentada num sofá, fazendo um oral em um cara, e eles eram observados por uma pequena platéia. De repente, a mulher vomitou, mas mesmo assim o boquete não foi interrompido; entre um jato e outro, ela ainda chupava o pau do cara, e a maioria das pessoas ao redor continuava olhando, apreciando aquele espetáculo de emetofilia.

Não precisamos dizer que essa foi a deixa para encerrarmos a noite, até porque a hora já era bem avançada e o fim da festa se aproximava, com a casa já esvaziando. Fomos embora felizes; é claro que adoraríamos ter tido outras experiências, mas a putaria que fizemos foi bem satisfatória, e mesmo na pista nos divertimos bastante, graças à combinação das boas músicas com o álcool. Nossas impressões sobre a casa foram ótimas: as bebidas são boas, o som excelente, e o local enche de uma forma tal que, mesmo com a “inibição à putaria” dos cariocas, as chances de rolar algo legal por lá são significativas. Retornar, quando a sorte nos sorrir novamente, é certo!

Casal se exibindo no espelho
Se topassem com a gente numa casa de swing… Pegariam?

6 comentários em “Asha Club Rio”

  1. Primeiramente, curti muito seu bumbum! Bem gostoso.

    Há algum tempo que não vamos ao suingue, mas essa sua observação sobre as mulheres que esperam passivamente os caras com o pau no Glory Hole é uma coisa que também já tinha percebido. É estranho, porque a gente pensa que o casal que curte sexo aberto quer fazer coisas para atender o casal. Mas nesse caso, me parece só o clássico “pra agradar o marido”.

    Da vez que fomos à Asha, uma das coisas que mais marcaram foi o show de casais montados (tios + prostitutas). Porém, houve duas situações conosco que valem a pena relatar.

    A primeira foi a cabine entreaberta que vimos. Paramos na porta, como quem não quer nada e ficamos observando. Nessa, minha senhora já deu aquela olhada: “e aí, vamos?” Ela empurrou a porta. O cara, metendo na própria esposa olhou e falou que tudo bem entrarmos, se ela quisesse interagir com a esposa dele.

    Entramos, mas aí, vimos o desencontro entre eles… ele queria ver elas se pegando. Mas a esposa dele não queria nada. Na real, o que pareceu era que eles queriam ser observados bem de pertinho. Tentamos algo, eles não retribuíram, e a gente ficou observando fazendo nossas saliências.

    Só que no decorrer, eles foram ficando animados com a nossa presença ali a centímetros deles, enquanto o cara penetrava a mulher de costas, no pelo. Minha mulher começou a passar a mão no cara (bem malhado, inclusive) e eu, novamente, tentei uma interação sem mãos, só falando no ouvido dela.

    Algumas vezes, falar no ouvido desperta mais demônios nos quadris que um dedinho. E ela se soltou. Pensei: já que não vou comer essa morena gostosa (parecia uma índia), vou despi-la. Tirei sutiã, seios maravilhosos… e desci meu dedo para tocá-la, enquanto comia minha esposa, que sentava sobre mim. Só que nessa de tocá-la, acabava relando no pau do cara… só sei que em minutos, ele encheu a buceta dela de leite, gozando forte.

    Nós dois, claro, queríamos ter interagido penetrando e sendo penetrada. Mas… tinha mais noite pra acontecer na Asha.

    Saímos da cabine, no segundo andar e, um tempo depois, encontramos com o casal na pista. Só lembro dela me dando uma encarada, meio que tentando enxergar a cara de quem a tocou naquela escuridão. O louco disso é que, muita das vezes, esses casais que não interagem ainda estão começando, e dá um tesão do caralho relembrar essas situações depois. Pra mim, por perceber que ela é iniciante, mais tesão ainda.

    Ainda nessa noite na Asha, voltamos à busca por um casal para o desfrute. Mas caímos numa leve furada.

    Vimos um casal que estava numa meteção sem fim naquele outro “quartão” do segundo andar. Aliás, nesse dia estava uma confusão de fodas. Muito casal gostoso, mas com um detalhe: ficou perceptível que essa galera se conhecia já. E quando rola isso, quem não é conhecido tem mais dificuldade de interação… acontece.

    Esse casal estava lá, fazendo a “isca”… e nós fomos pescados. Rs.

    Fomos com o casal para uma das suítes e começamos a brincadeira. Já nus e nos pegando, uma coisa começou a me incomodar. Primeiro foi a facilidade do convite. Depois, a desenvoltura que a mulher pegou no meu pau. Outra coisa, é que o homem estava levemente afoito e eles não interagiam direito entre eles. Sabe aquela cumplicidade mínima que rola no suingue? Não tinha.

    E naquele momento, como a gente tinha interagido com um casal que era o oposto, me bateu o alerta: esse casal é montado. E veja… montado nem sempre quer dizer que envolve prostituição. Mas esse caso estava parecendo o clássico do cara que tem tesão em casadas (coisa que eu tenho muito) mas não é casado.

    Aquilo me bateu estranho demais. Minha esposa tava prestes a virar a bunda pra ele. Eu também estava só o pau duro. Mas, aí fica o aviso: na troca de casais, o momento não é só o momento (como é numa foda casual de pessoa solteira). O momento vira um tema que dá mais tesão pro casal transar a dois depois. E essa memória eu não tava afim de ter.

    Terminamos e depois disso, se já estava difícil antes, ficou ainda mais depois.

    As experiências foram interessantes, mas nada memoráveis (ufa!) E talvez por isso a 2a2 ficou tanto na minha memória. Nossos melhores encontros foram lá.

    E fica uma dica: vão no Carnaval! É outra pega.

    1. Agradecemos o comentário incrível! Ele complementa nosso relato, apresentando outros pontos de vista e experiências, o que é ótimo para todos que chegam aqui buscando informações.

      Talvez casais equilibrados – em que ambos estejam na mesma sintonia, e tenham desejos compatíveis um com o outro – sejam menos numerosos do que imaginamos no swing, talvez a exceção ao invés da regra. Isso explicaria tanto outras situações que já vivemos anteriormente, quanto as que nós relatamos e vocês corroboraram.

      Acho que, entre nós, talvez haja apenas uma “pequena” diferença filosófica: partindo da premissa que ambos nos atraíram, certamente teríamos pego o segundo casal, zero peso na consciência acerca disso, mesmo percebendo que eram montados.

      Beijos!

  2. Fico invejado com as experiências que relataram como casal. Estou em um relacionamento em que a mulher infelizmente não curte swing.

    Adorarei continuar lendo seus relatos…

  3. Asha foi a primeira boate do tipo que fomos, achei o lugar lindo, mas como iniciantes, não aproveitamos muito. Nós últimos 3 anos vivemos de forma bastante intensa o meio liberal carioca, mas infelizmente cansou. Realmente a maior parte dos casais fala muito e faz pouco! Perdi a conta das furadas… Já que é pra curtir a dois, preferimos voltar o foco ao BDSM, pq assim como vcs, só nos interessa se terminar em sexo.

    1. Realmente a maior parte dos casais fala muito e faz pouco! Perdi a conta das furadas…
      O que já rolou que estressou vocês? Quais as piores furadas?

      preferimos voltar o foco ao BDSM, pq assim como vcs, só nos interessa se terminar em sexo
      A gente tem uma impressão um pouco contrária. Achamos que, se focarmos no BDSM envolvendo outras pessoas, a chance de terminar em sexo é bem menor do que no swing…

  4. Casais onde a esposa não curtia realmente, outros que marcavam e não iam, pessoas que eram muito diferentes das fotos, já teve casal que falava que curtia várias coisas e chegava na hora se esquivava, tem o lance dos eventos onde ninguém transa… Fora a tosquice generalizada. Muito trabalho pra pouco resultado. Sobre o bdsm, eu quis dizer é que o foco é em nós dois, praticamos apenas em casal. Se acontecer de aparecer alguém legal, ótimo, mas não procuramos mais. A gente vai pra festas, eventos, curte as práticas, observa (somos muito voyeur) e finaliza em casa (ou até antes, dependendo da situação) apenas nós dois.

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