Se há um egoísmo mais gostoso do que propiciar o próprio prazer, desconheço. Quando se é mulher e se cresce em um mundo que nos impõe o sexo como algo sujo e cheio de moralismos, ser capaz de se dar o próprio prazer é algo que deve ser sempre valorizado e estimulado.
Nossa rotina: nos esconder, nos ocultar, nos renegar.
Recebemos esses dias um bonito email de um leitor, que terminava com o seguinte questionamento:
“Ultimamente um assunto que tem me interessado muito são as massagens voyeur e Nuru. Vocês conhecem ou já experimentaram? Gostaria de saber se vocês consideram a realização de uma sessão dessa massagem com uma profissional como traição.“
(Contextualizando: massagem nuru é um tipo de massagem em que a terapeuta – normalmente nua – usa não somente as mãos, mas todo o seu corpo para aplicar a massagem. Não é incomum essa massagem terminar em algum tipo de contato ainda mais íntimo, a depender do estabelecimento e da profissional contratada para este tipo de serviço. Vamos considerar aqui que nosso leitor está num relacionamento, e que ela não sabe dessa sua curiosidade por massagens – ou, se sabe, a ignorou por uma razão ou outra.)
Imagine esse corpo, essas mãos, te massageando por inteiro…
Nós somos um casal tão conectado, mas tão conectado, que conseguimos até mesmo sonhar juntos. Vocês podem não acreditar, mas, às vezes, sonhamos exatamente a mesma coisa – com direito a interagirmos nos sonhos e nos lembrarmos nitidamente de tudo no dia seguinte. Enfim, somos assim, e se vocês não têm esse mesmo grau de cumplicidade com seus parceiros, paciência.
Gostamos mais de dormir do que um podólatra gosta de pés.
Estar na casa dos 35 nos traz, além de problemas de saúde, um certo cinismo, uma visão desiludida sobre o mundo e principalmente sobre os outros. Ainda não vivemos o suficiente para ousar chamar isso de “sabedoria”, mas já vimos o bastante para nos acharmos mais espertos, sensatos e inteligentes do que as gerações mais novas (e não estamos errados). Mas, às vezes, a realidade nos obriga a mudar de opinião.
Um professor certa vez nos disse que, por mais que você ache que não, em algum momento entenderá e passará a gostar de Roberto Carlos. Será que chegou a nossa vez?
“É proibido fumar Diz o aviso que eu li É proibido fumar Pois o fogo pode pegar Mas nem adianta o aviso olhar Pois a brasa que agora eu vou mandar Nem bombeiro pode apagar Nem bombeiro pode apagar”