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Reflexões aleatórias: chupar buceta é bom? É seguro fazer sexo oral em uma garota de programa? O Google erra?
Reflexões aleatórias: chupar buceta é bom? É seguro fazer sexo oral em uma garota de programa? O Google erra?
Todo fetichista é um curioso, por definição. Pessoas que sentem tesão por coisas inusitadas, e se dispõem a colocar isso em prática, são muito fora da caixinha quando comparadas ao homo sapiens médio. Como bons fetichistas que somos, não desprezamos nossos instintos exploratórios e estamos sempre prontos a vivenciar novas experiências, nem que seja só para tentar entender o fascínio que elas exercem. Assim, era quase inevitável que em algum momento experimentássemos aquele que, junto com a podolatria, é um dos fetiches mais conhecidos mundo afora: o shibari.
Eu, sra. Fetichista, via aquelas amarrações quando era jovenzinha e as achava o máximo: eram bonitas, excitantes e simbolizavam a total submissão – contudo, como não havia encontrado ninguém que apreciasse essa prática, ou que pelo menos tivesse as mesmas curiosidades que eu, por muito tempo fiquei apenas na vontade. Isso durou até que conheci o sr. Fetichista, que tem uma curiosidade tão aguçada quanto a minha e também não tinha, até aquele instante, encontrado com quem se aventurar nesse mundo.
Apesar disso, ainda levamos um tempo para tentar o shibari porque ele parece demandar um esforço de aprendizagem significativo. Isso é reflexo de seu status quase artístico, que vem desde suas origens – o shibari descende do Hojojutsu, técnica/arte surgida no Japão imperial entre os séculos XVII e XIX e utilizada pelos samurais para restringir os movimentos de prisioneiros usando cordas.
Interessante observar o contraste: hoje em dia muitos consideram o shibari não apenas uma expressão artística, mas também uma ferramenta de libertação emocional, algo quase teatral. Nós, que buscamos o sensorial, denominamos isso carinhosamente de “punheta mental”, e cada perfil de Instagram que víamos enfatizando esse lado e desprezando o evidente apelo sexual reduzia um pouco mais o nosso interesse. Não buscávamos um fim em si, mas uma ferramenta que agregasse novas sensações às nossas putarias, e isso fez com que progressivamente adiássemos qualquer tentativa nessa linha. Mas, cabeça vazia é a oficina do Diabo, e em uma bela tarde ociosa de domingo resolvemos nos aventurar pelo shibari à nossa maneira, freestyle.
Continue a ler »Shibari: nossas primeiras experiênciasDesde as ancestrais de Maria Madalena até as contemporâneas de Lays Peace, prostitutas ocupam um lugar cativo no imaginário de homens e mulheres. Para eles, significam o alívio do sexo fácil, sem outros compromissos que não o próprio prazer; para elas, concorrência associada a um certo despeito, inveja até. Não há como ser indiferente ao estereótipo de uma mulher de salto alto, roupas provocantes e zero pudor, e sabendo desse impacto embarcamos numa aventura pelos arredores da Quinta da Boa Vista, tradicional zona do meretrício localizada em São Cristóvão, Rio de Janeiro.
Continue a ler »Aventuras na zona do meretrício carioca: um tour por São CristóvãoNós gostamos de consumir produtos eróticos, mas assalariados que somos temos medo de arriscar nosso suado dinheiro em itens de baixa qualidade. Por isso, sempre buscamos avaliações do que pretendemos comprar, mas é muito difícil encontrar resenhas de sex toys por aí. O portal Sexonico até fez algo nessa linha anos atrás, e de tempos em tempos surgem na mídia textos enaltecendo o cargo de “testador de produtos eróticos”, mas, relatos dizendo se o produto X é bom ou ruim são raros. Por isso, passaremos a avaliar nossas aquisições, para ajudar as pobres almas indecisas que precisam de orientação para comprar seus brinquedinhos adultos.
Em uma visita aleatória à sex shop compramos um óleo para massagem corporal chamado de “vibrador líquido” – segundo eles, esse tipo de produto gera sensações de aquecimento e de vibrações quando aplicado na pele; testamos em nossos lábios na hora, e metade do casal sentiu o efeito, metade não. Caímos no papo dos vendedores e decidimos arriscar: levamos o “Gota Shock” de menta, e pagamos salgados R$ 29,90 (descobrimos mais tarde que ele pode ser encontrado na Internet por menos da metade disso, mas, paciência).
Continue a ler »Aprovado com louvor: vibrador líquidoExibicionismo na estátua de Carlos Drummond de Andrade, na praia de
Copacabana.
Não há pecado maior que a chatice. Ser genocida é ruim, mas ser um genocida tiozão do pavê é imperdoável, por exemplo (essa fala é puramente hipotética, para os devidos fins legais). Todas as oportunidades de se fugir da chatice devem ser aproveitadas, principalmente quando junto com ela vem a decepção de descobrir que algo que parecia ser interessante é na realidade um porre. Por isso, não me arrependi nem por um momento de largar As Mulheres Primeiro pela metade, e só consegui terminá-lo quando percebi que ele poderia ser um bom tema para se escrever a respeito.
Continue a ler »As mulheres primeiro, e sua paciência por último (ou: como chupar buceta – um guia)