Pular para o conteúdo

bdsm

Nossa visita a um clube BDSM (ou: podolatria para não podólatras)

A irrelevância, assim como a ignorância, é uma bênção. O fato de que apenas meia dúzia de gatos-pingados acessa este site, somado à nossa desimportância nas redes sociais, nos protege de eventuais encheções de saco por expor opiniões que, de outra forma, provavelmente seriam malvistas. Por exemplo, temos uma série de considerações “impopulares” sobre BDSM e afins:

  • vemos o BDSM mais como uma possibilidade extra de prazer do que como um fim em si mesmo. Por exemplo, da mesma forma como todas as nossas brincadeiras com velas terminam em putaria, não concebemos a idéia de um(a) submisso(a) que não interagisse sexualmente conosco.
  • shibari nada mais é do que uma punheta mental. Zero tesão em amarrações sem finalidade sexual clara.
  • BDSM é legal, mas isso não significa que combina com tudo. Achamos muito bizarras algumas coisas que vemos por aí, como eventos que misturam BDSM com churrasco na laje — acreditem se quiser, isso existe aqui, no purgatório da beleza e do caos.
Continue a ler »Nossa visita a um clube BDSM (ou: podolatria para não podólatras)

Nossa primeira troca de casal – a visão dela

Quando nós dois nos encontramos não éramos exatamente “virgens” em termos liberais, visto que ambos já haviam tido algumas experiências em nossas vidas pregressas. Assim, era mais do que natural que a troca de casais estivesse desde o início em nossa lista de desejos; contudo, tivemos bastante dificuldades em encontrar um casal que “batesse o santo” conosco. Foram diversas conversas ao longo de meses de procura, mas nenhum deles havia nos instigado o suficiente para concretizarmos a troca – até agora.

Nosso contato com o casal G – eles preferem manter a identidade em sigilo, mas nos achamos no Sexlog – começou bem: eles elogiando nossas fotos e questionando sobre nossos brinquedos. Iniciantes no meio liberal, foram nos perguntando com base no que leram aqui, e deixando claro que estávamos aflorando o tesão deles.

Brinquedos eróticos
Alguns de nossos brinquedinhos
Continue a ler »Nossa primeira troca de casal – a visão dela

Shibari: nossas primeiras experiências

Todo fetichista é um curioso, por definição. Pessoas que sentem tesão por coisas inusitadas, e se dispõem a colocar isso em prática, são muito fora da caixinha quando comparadas ao homo sapiens médio. Como bons fetichistas que somos, não desprezamos nossos instintos exploratórios e estamos sempre prontos a vivenciar novas experiências, nem que seja só para tentar entender o fascínio que elas exercem. Assim, era quase inevitável que em algum momento experimentássemos aquele que, junto com a podolatria, é um dos fetiches mais conhecidos mundo afora: o shibari.

Eu, sra. Fetichista, via aquelas amarrações quando era jovenzinha e as achava o máximo: eram bonitas, excitantes e simbolizavam a total submissão – contudo, como não havia encontrado ninguém que apreciasse essa prática, ou que pelo menos tivesse as mesmas curiosidades que eu, por muito tempo fiquei apenas na vontade. Isso durou até que conheci o sr. Fetichista, que tem uma curiosidade tão aguçada quanto a minha e também não tinha, até aquele instante, encontrado com quem se aventurar nesse mundo.

Apesar disso, ainda levamos um tempo para tentar o shibari porque ele parece demandar um esforço de aprendizagem significativo. Isso é reflexo de seu status quase artístico, que vem desde suas origens – o shibari descende do Hojojutsu, técnica/arte surgida no Japão imperial entre os séculos XVII e XIX e utilizada pelos samurais para restringir os movimentos de prisioneiros usando cordas.

A origem do shibari no Japão imperial
A Bangu VIII do Japão imperial (fonte)

Interessante observar o contraste: hoje em dia muitos consideram o shibari não apenas uma expressão artística, mas também uma ferramenta de libertação emocional, algo quase teatral. Nós, que buscamos o sensorial, denominamos isso carinhosamente de “punheta mental”, e cada perfil de Instagram que víamos enfatizando esse lado e desprezando o evidente apelo sexual reduzia um pouco mais o nosso interesse. Não buscávamos um fim em si, mas uma ferramenta que agregasse novas sensações às nossas putarias, e isso fez com que progressivamente adiássemos qualquer tentativa nessa linha. Mas, cabeça vazia é a oficina do Diabo, e em uma bela tarde ociosa de domingo resolvemos nos aventurar pelo shibari à nossa maneira, freestyle.

Calcinha feita de cordas (shibari)
Esse nó pressionando o grelo é o tipo de shibari que buscamos!
Continue a ler »Shibari: nossas primeiras experiências

Dor e prazer

BDSM é algo que sempre atraiu nossa atenção, e temos grande curiosidade a respeito – talvez não possamos dizer que somos adeptos de fato, pois desprezamos liturgias e preciosismos que julgamos dispensáveis, mas sempre que temos vontade adicionamos um pouquinho de dor e submissão a nossos momentos. 

De todas as práticas que já realizamos, o wax play é uma de nossas preferidas, e consequentemente irá aparecer algumas vezes por aqui. Para aqueles que pensam em experimentar, uma dica: não usem velas “comuns”, dessas compradas em supermercados/lojas de decoração/artigos religiosos, pois elas queimam a temperaturas mais altas. Prefiram velas específicas para a prática – no nosso caso, adquirimos na Ginger Toys velas mais “frias”, feitas de cera de soja. Detalhes à parte, esperamos que apreciem o resultado!

Wax play com cera vermelha nos seios
Continue a ler »Dor e prazer