Ir à uma casa de swing estava em nossa lista de desejos desde o início de nosso relacionamento. Não era uma questão de “se”, mas sim de “quando”; assim, aproveitamos o arrefecimento da pandemia e o fato de termos completado nossa imunização para finalmente eliminarmos essa pendência. Escolhemos a 2a2, localizada na Zona Sul do Rio, e já conhecida de ambos por conta de visitas em nossas vidas pregressas.
Chegamos à casa por volta das 22:30. O espaço conta com dois andares: o térreo é a área social, com chapelaria, bar e pista de dança, e o andar superior é aonde a putaria ocorre de fato. O acesso a esse pavimento se dá através de uma escada, que estava bloqueada e devidamente guarnecida por um segurança. Ele nos informou que a entrada nessa parte mais divertida seria autorizada apenas às 23:30.
Essa hora “à toa” serviu para observarmos as pessoas que estavam a nosso redor, e quem sabe já identificar eventuais alvos. A casa contava com um bom número de casais, e chamou nossa atenção o fato de alguns serem novos, na faixa dos vinte e poucos anos ainda. Além disso, o olhar clínico (ou seria cínico?) feminino logo reparou no modo de se vestir de algumas das mulheres presentes… Vestidos longos, sandálias rasteiras, e até calças, algo que se espera encontrar num barzinho à beira da praia, mas não numa casa de swing. Se a sua finalidade é exibir o corpo, sentir mãos te tocando, esses trajes certamente não são os mais apropriados. A prioridade, num local assim, deve ser facilitar os acessos, e não dificultá-los (garanto que os homens entendem o que quero dizer).
Nos sentamos em um sofá em frente ao bar, observando e esperando que algum casal se aproximasse e interagisse conosco. Um par se acomodou ao nosso lado, e tentei sinalizar nosso interesse cruzando minha perna, de modo que roçasse na dela; fomos solenemente ignorados, e nem um olá trocamos. Nos levantamos e fomos ao bar, na esperança de que um drink fizesse um papo surgir no balcão, mas os preços exorbitantes e o fato de já termos bebido anteriormente mudaram nossos planos.
Sem resultados por ali, fomos à pista de dança, aonde talvez o balanço de corpos e algumas músicas mais sensuais pudessem fazer com que alguma interação fosse feita, mas, ledo engano. A decepção começa pelo repertório. Ao invés de um hip-hop com batida dançante, por exemplo, nossos ouvidos foram massacrados por “você não me esqueceu” – sim, Barões da Pisadinha em uma casa de swing num bairro nobre do Rio de Janeiro, acreditem. Além deles, uma infinidade de hits de forró, tecnobrega e afins eram o som ambiente da noite, vez ou outra cortados por alguns funks. Os casais presentes dançavam cada um com seu par, ninguém a fim de interagir. Percebemos que anexa à pista havia uma salinha vazia, fomos para lá e ficamos nos pegando, com direito à peito de fora e saia levantada.
Tudo isso ao menos serviu para passar o tempo, e logo o acesso ao andar superior foi liberado. Esperamos alguns minutos, e subimos. Vimos alguns casais dispersos pelos cantos se chupando, olhando os outros, tudo ainda bem calmo. Fomos ao darkroom, onde não tinha ninguém, e ficamos nos curtindo um tempo por lá. Como ninguém interessante chegou, descemos novamente e sentamos no mesmo sofá do bar; dessa vez o dividimos com um casal tenso, parecia rolar uma DR sobre o quê buscavam ali, naquele local. Em outros momentos da noite, vimos pelo menos outros dois casais em situações semelhantes. Subimos de novo, e observamos que o clima estava mais quente. No darkroom, havia outro casal em ação, cujo homem aproveitou para tirar uma casquinha e apertar meus seios enquanto o sr. Fetichista me comia. Depois de um tempo surgiu um outro casal por lá, tentamos interagir com eles, mas não foram receptivos. Paciência.
Em seguida, continuamos explorando o corredor e nos deparamos com um ambiente sem porta, cama redonda, onde havia uma infinidade de corpos e ações disponíveis. Começamos a nos pegar, e percebemos que havia uma buceta na cama, ali, sozinha, sem interagir com nada nem ninguém. Começamos a acariciá-la, e o sr. Fetichista acabou por cair de boca nela. Eu tentei me encaixar com a mocinha dona da buceta, mas acabei sendo abordada por uns três caras em sequência, todos com o comportamento bem parecido: chegavam pegando nos meus peitos, desciam os dedos para a buceta, colocavam camisinha e metiam um pouco.
Seguimos para um outro ambiente, que estava vazio: era uma pequena cabine, com uma cama e dois buracos que davam para a cabine ao lado. Havia dois casais lá, e um pau e uma buceta dando sopa; cada de um de nós começou a se dedicar, pelo buraco mesmo, ao item que mais lhe apetecia, e fizemos isso com tanta dedicação que nosso auto-convite para irmos à cabine deles foi aceito. O outro casal que lá estava foi embora (nunca saberemos o porquê, e isso nos intriga) e acabou rolando a troca com o casal com quem havíamos interagido através do glory hole. Ficamos lá um bom tempinho, mais do que nos outros ambientes; eu e o rapaz que estava comigo não gozamos, já o sr. Fetichista e sua parceira foram mais além.
Depois dessa admitimos que cansamos, descemos e fomos embora logo em seguida. Estávamos com a sensação de que a noite já tinha acontecido – em poucas horas eu interagi com mais caras do que em um bom tempo. Naquele momento estávamos satisfeitos, mas depois, avaliando em perspectiva, concluímos que a experiência como um todo foi abaixo do que esperávamos. Houve pontos positivos, claro – as (poucas) interações que tivemos foram bem legais sem dúvida – mas, a baixa receptividade que encontramos, com poucas pessoas dispostas a interagir, principalmente as mulheres, faz com que tenhamos um gostinho de frustração.
Repetiremos essa experiência, claro. A próxima vez será em outra casa; a 2a2 tem pontos positivos, claro – o staff deles é muito atencioso, e estrutura em si deles é boa – mas os pontos negativos (música ruim, bebida cara), somados à nossa curiosidade, tornam quase natural visitar outros locais. Quem sabe dessa vez não damos mais sorte?
Não tem como sentir tesão com uma lata de cerveja a 15 reais. Por isso o clima fica tão tenso entre os frequentadores hahaha
Esses preços tornam um pouco difícil apelar à “coragem líquida”, hahaha.
Já prevíamos isso, então enquanto nos arrumávamos e íamos para lá nos preparamos com o combo que, para nós, nunca falha: vodca + energético. Funcionou, já chegamos lá prontos para aproveitarmos a noite.
Esses relatos são mto excitantes, adoro ler, obrigado por proporcionar essa experiência.
A Sra. Fetichista é mto gostosa!! Parabéns 👏👏
Agradecidos por suas palavras!
Se parece muito com uma casa que eu e minha noiva frequentando a um tempo atrás, infelizmente nunca tivemos boas experiências na zona nobre do RJ, em questão a sexo , hoje preferimos marcar com pessoas ou casais e fazer uma noite caseira mesmo , rende muito mais do que sair, dar 15 reais numa cerveja e escutar músicas que não esquentam e nada o clima, e realmente broxante, obs : interessante saber que vcs são do Rio 😏
Qual casa seria essa? A antiga 2a2, em Copa?
Compreendemos essa preferência por marcar com pessoas certas, mas temos um porém quanto a isso: achamos difícil pra caralho encontrar gente legal, até escrevemos um texto a respeito aqui (http://casalfetichista.com/as-agruras-de-um-casal-objetificador/). Ir numa casa de swing desburocratiza o processo: bateu o olho, rolou o tesão mútuo? É só fuder, sem se preocupar com maiores interações.
Sim era uma em copa cabana , Essa prática para nós já deu certo umas duas vezes , tanto que fizemos boas amizades, embora ultimamente tenhamos procurado uma terceira mulher para firmar um relacionamento sério, inclusive queria perguntar a vcs se vcs já falaram sobre trisal e relacionamento não monogamico aqui no blog , ja venho acompanhando o blog a um tempo e tenho vontade de conhecer vcs e trocar uma ideia
Muito provavelmente vocês foram na antiga 2a2. Ela era em Copacabana, até se mudar para o Humaitá anos atrás.
Nunca falamos sobre trisais/relacionamentos não-monogâmicos por aqui por ser um tema que não nos interessa. Buscamos pessoas para curtir bons momentos de putaria, não temos a intenção de inserir ninguém em nosso relacionamento. Temos valores conservadores com relação a isso, hahaha.
Adoraríamos conhecer vocês, estamos curiosos!
Realmente impressiona as experiências de vocês! Parabéns por compartilhar!
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Uau adorei saber a experoencia de vocês🔥… e gostei das dicas!
Venha protagonizar nossa próxima história! 😉
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