Somos honestos: se há um ano atrás, quando criamos nosso perfil no Instagram, alguém profetizasse que ele chegaria a dez mil seguidores, nós cairíamos na risada. Esse crescimento todo nos surpreendeu bastante, e bolamos duas teorias para explicá-lo:
- O Instagram nos sugere com muita frequência. A gente já percebe um certo padrão tanto em nossos seguidores quanto nos perfis que eles acompanham, o que leva a crer que somos muito sugeridos para um determinado recorte de usuários.
- Aparecemos muito nos resultados de pesquisas. Em outubro mudamos o nosso nome de usuário: de um imperceptível e enigmático @curiouscouplerj trocamos para o significativo @_casalfetichista. Foi após essa mudança que o nosso número de seguidores explodiu – acreditamos que, depois da troca, o Instagram começou a nos mostrar quando as pessoas pesquisam por coisas como “casal fetichista”, “fetiches de casal” e afins.
Essas hipóteses não se excluem, claro. Mas, precisamos ir além: elas só explicam como as pessoas encontram nosso perfil, não o que as leva a nos seguir. Temos nossos palpites para isso também; o primeiro deles é deliciosamente soberbo: as pessoas nos seguem porque nosso conteúdo é bom. Em meio a um mar de imagens genéricas de peitos e bundas, nossas fotos se destacam porque mostram ângulos diferentes e visões inusitadas, dando margem para a imaginação trabalhar. Além disso, o fato de não mostrarmos nossos rostos passa uma aura de impessoalidade e mistério que facilita a criação de uma conexão conosco – e, talvez essa identificação, esse “se ver em nós” seja ainda mais compreensível quando consideramos que somos pessoas “comuns” e que não temos vergonha de mostrar, sem edições, toda a geografia de nossos corpos.
Saindo da teoria e indo para a prática, ter tantos seguidores assim é excelente, pois aumenta nossas chances de sucesso. Nosso objetivo no Instagram, assim como aqui no site e nos nossos outros perfis por aí, é buscar casais e mulheres para vivermos momentos prazerosos juntos; logo, quanto mais gente nos vendo, maior a probabilidade de toparmos com pessoas interessantes que se encontram próximas o suficiente de nós para concretizar um eventual encontro. Além disso, como exibicionistas, quanto maior a quantidade de gente nos vendo e nos apreciando, mais tesão sentimos.
Mas, a maioria das pessoas busca seguidores no Instagram por um motivo muito mais prosaico: ser influencer é uma profissão hoje em dia. De acordo com a CNN, no Brasil há cerca de 9 milhões de influenciadores apenas no Instagram – nós, por exemplo, nos encaixaríamos na categoria “micro-influencers”, aqueles que têm de 10 mil até 100 mil seguidores. Contudo, nossa recompensa financeira por atrair tanta gente ainda não chegou: fazer parte de um nicho tabu restringe bastante nossas possibilidades de ganhos com posts patrocinados, e a única campanha de arrecadação de fundos que fizemos – semanas atrás pedimos contribuições a nossos seguidores para comprar um lubrificante canábico – nos deu menos dinheiro do que gastamos comprando os balões usados neste ensaio. Muito eventualmente fazemos conteúdos personalizados para um ou outro seguidor, mas isso está longe de ser relevante financeiramente.
Gostaríamos de ter um retorno financeiro com nosso @_casalfetichista? Claro! Somos pessoas normais, gostamos de dinheiro. Mas, se ele não vier, paciência; nosso foco, no final das contas, sempre foi e sempre será a putaria.
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