Esse é um relato diferente dos outros que costumamos postar por aqui. Tem muito menos sexo do que vocês gostariam, mas talvez explique o porquê de estarmos mais calmos nos últimos tempos – quase sumidos, na verdade.

O uso do espartilho na foto acima é simbólico. Exatos cinco anos atrás, compramos ele em Friburgo, na nossa primeira viagem como casal. Era um mundo ainda em pandemia, um feriado de 7 de setembro. Meu peso estava na casa dos 80 kg, eu começava em um novo emprego. A vida era outra.
No ano seguinte eu passei por problemas familiares sérios. O trabalho exigia cada vez mais, e a vacina fez com que a vida voltasse ao normal. Eu sempre fui ansiosa, e essa ansiedade impactava no meu apetite. Meu peso foi aumentando, e quando 2022 chegou bati o meu recorde: 92 kg.

Aquilo foi desesperador. Tentei dieta e exercícios, mas adoeci por causa de meu trabalho e tive um burnout. Passei por um esgotamento físico e mental, o que mexeu bastante comigo. Chegamos a 2023, e eu tentando me reerguer. Em paralelo a tudo isso, entre 2021 e 2024 tive problemas de saúde que me fizeram passar por duas cirurgias.

Óbvio que tudo isso impactou em nossa vida sexual. As poucas idas a casas de swing que tivemos entre 2023 e o início de 2025 tiveram um gosto amargo para mim. Me sentia desinteressante por causa do peso, excluída, desvalorizada, não sei qual palavra usar ao certo. Eu ia de coração aberto para a experiência, mas conforme chegava na área de interação a chama ia se apagando e um sentimento ruim ia batendo, o que antes era fogo virava uma tristeza…
Em 2024 eu voltei a usar medicamentos para emagrecer – sim, vocês devem imaginar qual. Aliado a exercícios e a uma dieta equilibrada (são anos de tentativas e erros), venho percebendo os resultados – cheguei à casa dos 76 kg nos últimos dias. Resolvi então experimentar o tal espartilho, que ficou pendurado no meu armário junto das minhas roupas por todos esses anos, como um lembrete de algo que eu gostaria de alcançar.

Eu já estava me sentindo bem porque venho reparado através das roupas uma mudança em meu corpo. Muitas das lingeries que aparecem neste blog estão grandes para mim agora. Conseguir usar esse espartilho foi como um marco, um objetivo finalmente alcançado.

Para completar, mudei o cabelo e voltei a ser ruiva. Isso traz à tona uma versão mais determinada, confiante e sexy minha. Essa mudança, junto com a perda de peso simbolizada pelo uso do espartilho, me trouxe confiança para retornar a uma casa de swing.

Fomos à Asha na última sexta-feira, e foi bem legal. Não cheguei a ser “assediada” por ninguém, mas me diverti no glory hole chupando um cara – não quis nada além com medo de me decepcionar, quem vê pau não vê cara!
Para finalizar essa reflexão toda: a construção de nossa autoestima é muito mais complexa do que se pode imaginar. O que para homens é uma peça de roupa, pra nós mulheres pode significar uma conquista. Um cabelo pode representar uma personalidade que vem junto, uma perda ou ganho de peso pode mudar muita coisa e exigir paciência.No fim do dia o que vale é se sentir bem, e foi isso que me trouxe até aqui!

Este foi dos nossos posts mais caros: Asha, lingerie, salão, Ozempic… Se você gostou desse conteúdo, considere a possibilidade de nos ajudar com um PIX de qualquer valor através do LivePix (livepix.gg/casalfetichista).
Primeiramente, desejo que as questões de saúde tenham se resolvido ou estejam se encaminhando pra serem resolvidas. Nada é mais importante do que o nosso bem estar, tanto o físico, quanto o mental (sobretudo este último).
Gostei do texto. Vivo uma situação parecida em casa, não pelas mesmas razões, mas também por uma questão de saúde. A parceira, por conta da idade, começou a se cuidar mais, a se alimentar melhor, a fazer exercícios e, como consequência, a caber em roupas antigas e voltar a se sentir satisfeita com o próprio corpo. Não que isso tenha sido problema pra mim em algum momento, pq meu tesão por ela continuou o mesmo, mas sou mais feliz se ela está feliz, claro. Acredito que o apoio é fundamental nessas horas.
Quanto à “recompensa”, acho sempre muito bom ver corpos naturais. Peitos, bundas e bocetas de verdade. Sou da tese que mulher de verdade precisa parecer de verdade, com pelos (muitos ou poucos, não importa), um pouco de barriga, peitos não simétricos, celulites, estrias e outras “imperfeições”. Em mim, isso aumenta o desejo.
Essa felicidade da mulher de caber em roupas antigas é uma sensação muito boa, é uma sensação de nostalgia tb, bem louca…
E, por aqui você continuará a ver corpos naturais, pois não temos a intenção de fazer nenhum procedimento cirúrgico!
Moça, desencana. Você tá linda! Uma verdadeira delícia. Já estava antes e continua agora. Adoro espartilhos e você ficou linda nesse! Delícia de bunda! Se curte e se cuida!
Obrigada!
Por mais que os homens falem ‘você tá linda! delícia’, o que eu sentia por dentro não era isso… agora realmente me sinto assim e consigo desencanar. E quando a gente passa isso pra fora, o interior então está ainda mais “fortalecido” e isso muda tudo. Tô me curtindo e me cuidando e conforme o tempo for permitindo, isso vai aparecer com mais fotos por aqui.