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Fio-terra, inversão e afins: a visão dela

O texto de hoje é especialmente polêmico porque trata do maior tabu masculino: o bom e velho cu. Afinal, como já disse Sandy, é sim possível sentir prazer anal; ela se referia ao sexo anal feminino, mas a realidade é que, biologicamente falando, é mais provável que um homem sinta prazer durante o anal do que uma mulher. Contudo, há um gigantesco preconceito em torno dessa prática, infelizmente.

Imagem em preto e branco de um homem de quatro, com o pênis ereto, enquanto uma mulher com meia arrastão e sapato de salto alto pressiona os saltos contra seus quadris.
Homens, entendam: orientação sexual não se muda. Você não vai deixar de gostar de mulheres se uma delas tocar na sua bunda.

Isso é resultado de vários fatores, como uma educação (ou melhor, uma sociedade) machista, e uma cultura falocêntrica, que vê o pau como centro do sexo e relega ao segundo plano outras possibilidades. Assim, o pensamento dominante entre os homens (e, pior ainda, entre muitas mulheres também) é que qualquer coisa que envolva os cus deles é “coisa de viado”. Além da homofobia implícita, isso mostra uma ignorância tremenda: orientação sexual é determinada não pelo que você faz na cama, mas sim por quem você sente atração sexual. Um cara que sente atração por mulheres, e gosta de ser comido por elas, é hétero, e ponto – e, acima de tudo, isto não deveria ser algo relevante ao ponto de impedir que as pessoas explorem e se deliciem com outras possibilidades de prazer.

Enquanto mulher, criada dentro de uma família com um “quê” de pensamentos retrógrados, tenho que confessar que só passei a considerar o sexo anal masculino depois de passar por uma experiência envolvendo anal que, no mínimo, pôde ser considerada como “extremamente desagradável”. Comecei a partir daí a ver o anal masculino como uma “vingança”, mas, com o passar do tempo, percebi que isso poderia vir a ser algo extremamente prazeroso e abri a minha mente para a prática. De um contatinho que pediu um beijo grego até a experiência com o Cláudio, fui me abrindo para viver e proporcionar momentos deliciosos.

Mulher sorrindo, ajoelhada na cama, com dois brinquedos sexuais nas mãos.
Esse sorriso…

Você, leitor do sexo masculino que nunca sequer pensou em explorar essa zona erógena – ou, pior ainda, já pensou a respeito, mas sentiu vergonha de ir em frente: tá perdendo a chance de conhecer sensações maravilhosas! Não se culpe, isso tem explicação biológica. Ânus e períneo são regiões com significativa irrigação sanguínea e terminações nervosas abundantes, o que as torna muito sensíveis ao toque, tanto para homens quanto para mulheres.

Mulher usando meia arrastão alisa a ponta de uma cinta-caralha.
Homens: não se reprimam num momento desses. Se quiserem chupar… why not?

Se a idéia de ter algo introduzido no seu “lado B” lhe assusta, comece por experimentar um beijo grego (mas, por favor, certifique-se de que a região esteja limpa, e quanto menos pêlos, melhor). Receber beijos e outras carícias feitas com a língua lá é muito prazeroso, e vai ajudar a relaxar a área, principalmente o esfíncter, que é a estrutura muscular que controla a abertura do cu. Você, mulher que nos lê e não sabe como inserir o assunto (com trocadilho), sugiro que durante um oral, vá descendo a sua língua além do saco, enquanto massageia as bolas (se ele curtir, claro) e o pau. Quanto mais molhado, e com mais vontade isso for feito, maiores as chances de seu companheiro se abrir para a exploração (perdão pelo trocadilho, é mais forte que nós). Eu, enquanto mulher, fico excitada em ver a reação do Sr. Fetichista ao se entregar para a experiência, é mais uma forma de explorar meu lado dominante e saber que ele está sentindo prazer.

Depois dessa exploração anilíngua (palavra bonita, não?), é a hora de partir para o tão polêmico fio-terra. Dá pra usar até o dedo mindinho, mas já adianto que dificilmente tocará em algo importante; vale mais a pena usar um dedo maior, como o indicador ou o médio. O fio-terra dá prazer porque ele estimula a próstata, glândula que fica uns 5-7 centímetros pra dentro do ânus (óbvio), perto da uretra. Sua função é produzir um líquido que compõe parte do sêmen, mas, quando estimulada, é capaz de produzir orgasmos, de uma forma que ainda não foi totalmente esclarecida). Biologia à parte, o que fazer com a dita cuja? O que costuma funcionar bem é o movimento de “vem cá”, variando intensidade e velocidade de acordo com as reações do boy. Cansou? Talvez seja a deixa para ir além, e explorar plugs, vibradores e outros brinquedinhos, principalmente a famosa cinta-caralha.

Imagem em preto e branco de um homem de quatro, com o pênis ereto, enquanto uma mulher com meia arrastão e sapato de salto alto pressiona os saltos contra seus quadris.
As imagens desse post passam uma vibe de dominação, mas só porque fizemos um ensaio com essa temática e queríamos aproveitar as fotos para esse post. A mulher não precisa “ser dominante” para comer o cara, não há necessidade de uma relação de dominação-submissão para isso.

A inversão ou pegging é a última fronteira do prazer anal masculino e a que mais dá prazer a esta senhora que vos escreve. Contudo, para garantir que também vai ser prazeroso para o homem, um ditado deve sempre ser levado em conta nessa hora: “passarinho que come pedra sabe o tamanho do cu que tem”. É aquele dilema eterno sobre o tamanho do documento presente, mas de outra forma: na hora de comer o cu de um homem nem sempre o pênis de borracha maior ou mais grosso vai proporcionar mais prazer a ele. Deixe o cara escolher o tamanho, afinal literalmente é o cu dele que está reta!

Mulher usando máscara negra de coelho em frente a brinquedos sexuais
Não há muito mistério sobre “como comer um cara”. Faça como gostaria que fizessem com você: vá com calma, carinho, lendo as reações dele. Deixe ele se soltar, falar. E, dar tapas na bunda e segurar na cintura dele, chamando de putinha e mandando ele rebolar, costumam ser a cereja do bolo!

Mas aí você me pergunta: o que sinto ao comer um homem? O tesão é uma resposta óbvia, mas ele vem de saber que meu parceiro confia em mim ao ponto de se permitir vivenciar uma sensação que é considerada tão pouco convencional. Além disso, há a satisfação de uma vaidade, de ver que sou capaz de proporcionar tanto prazer sem necessariamente usar a minha genitália, e também há prazer em saber que estou no controle. Mas, mesmo sabendo que o anal masculino é capaz de fazê-lo gozar, prefiro terminar a relação de maneira “convencional”, sendo penetrada – pra mim, essa é uma forma de sentir toda a “gratidão” do meu parceiro pelo prazer que eu lhe proporcionei.

Você, nobre leitor do sexo masculino: o que pensa sobre esse tema? Já fez, tem vontade mas não rolou, ou no meu cu ninguém toca? E você, mulher, o que acha? Comeria um cu masculino, ou nem pensar? Deixem suas opiniões nos comentários!

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9 comentários em “Fio-terra, inversão e afins: a visão dela”

  1. já fiz com a esposa apenas dedos e o beijo grego, foi bom porém quando colocou três dedos doeu, não senti prazer, mas é uma zona de tesão pelo menos para mim

    1. Olha, mas três dedos é bastante coisa também… Normal doer nesse caso, e você fez bem em parar.

      Agora, respondendo o seu comentário, vimos que nos esquecemos de mencionar um detalhe fundamental: LUBRIFICANTES! KY é o seu pastor, e te guiará nessa jornada.

  2. Adorei o relato. Eu adoro isso e amei o conteúdo do site de vcs. Adoraria uma aventura com vocês, curto beijo grego, inversão, a 3 e até mesmo com bi masculino hehe. Se tiver interesse podemos nos conhecer.

    Obs. Sou Casado com mulher a 11 anos, bi e discreto.
    Att. Gabriel

  3. Michael Maurício Silvestre

    A esposa está se libertando e está começando essa história. Começamos no bjo grego e com o tempo ela avançou para o fio terra. Ela faz um boquete babado com fio terra q pqp. Ainda não chegamos na inversão . Eu sinto q já estou preparado e doido pra acontecer, mas estou aguardando o tempo dela.

  4. Comecei a sentir muito tesão no cu, quando fiquei com uma menina que adorava brincar com meu cuzinho. Não tirava o dedo, enquanto chupava, enquanto sentava, sempre que dava, estava me deixando. De início estranhei, mas como tava dando tesão pra caralho. Só deixava. Uma vez ou outra, ficava bravo e pedia pra ela parar como se não tivesse gostando, mas no fim, estava adorando. Não conseguia aceitar isso, que tava tomando dedada no cu e amandodo. Beijo grego ela tbm fazia delicia.

    Depois que paramos de ficar, só fui pedir pra minha ex, anos depois, mas só bjo o dedo tinha vergonha. E esses dias, depois de muito tempo, fiquei com uma que naomtinja frescura e fazia ambos, bjo e dedada. Que delicia .pedia mesmo pra ela brincar e me dedar.

    Mas durante esse tempo sem, senti falta e apelei para o porno, na qual descobri a inversão. Nosso, enfiei alguns brinquedos no meu rabo e que delicia. Mas queria fSer inversão, com uma mulher dominando, literalmente inverter papéis e ser a puta dela. Mas nunca achei e tive coragem e estou viciado demais em pornografia, desse tipo. Até trans ando vendo

    1. Cara, se solta e aproveita! Você, assim como diversos outros é fruto de um monte de preconceitos que acha que o cu é algo relacionado a orientação sexual.
      Se está difícil encontrar garotas que curtam isso, contrate uma GP, e pronto. Sobre trans, a mesma coisa, mas se quiser experimentar, vá, é uma experiência pra vida…

      Não se recrimine, nem deixe de explorar esses prazeres tão deliciosos!

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