A gente segue uma linha editorial neste blog: não contamos todas as experiências que vivemos, mas apenas as que achamos que podem ser relevantes para outras pessoas. Gostamos de saber que nossos textos podem ajudar alguém a pôr em prática seus desejos, especialmente numa época em que é cada vez mais difícil encontrar relatos confiáveis e isentos sobre o meio liberal. Por isso, escrevemos sobre todas as primeiras vezes em que fomos a casas de swing do Rio de Janeiro: em 2021 visitamos a 2a2, e em 2022 o Mistura Certa e a Asha. Seguindo esta tradição, temos mais um relato quentinho, saindo do forno: nossa primeira vez na Riozin.
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A Riozin é uma pousada liberal que, além da hospedagem, oferece também festas diurnas (“day use”) e noturnas (“night use”) abertas para não-hóspedes. Como todas as nossas idas a casas de swing foram à noite, optamos pelo day use para fazer algo diferente, e ter a possibilidade de observar melhor o lugar. A festa que fomos era anunciada como “pool party“.
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A entrada da pousada é discreta, no início do acesso à Praia dos Amores, na Barra. Na recepção nos entregaram pulseiras laranjas, indicando nosso status de casal estreante na casa; entretanto, diferente de outros estabelecimentos liberais que já visitamos, ninguém se ofereceu para nos mostrar as instalações – para nós isso não fez diferença, mas talvez seja relevante para pessoas mais tímidas ou retraídas. De qualquer forma, nos avisaram da principal regra que deveríamos seguir: nudez e interações sexuais não são permitidas nas áreas da pousada que podem ser vistas externamente (ou seja, o rooftop), mas são liberados em todo o restante.
Saindo da recepção há uma área ampla; além de possibilitar acesso aos quartos da pousada, esse espaço também possui uma jacuzzi circular, e sofá e cama para aqueles que preferem interações em locais mais convencionais. O paisagismo e a decoração são de ótimo gosto, e esse padrão de qualidade se repetiu ao longo de todas as instalações da pousada.
A festa acontecia no ambiente seguinte, na área da piscina. Quando chegamos, havia cerca de trinta pessoas por lá, em sua maioria casais que já aparentavam ter passado dos quarenta. Como o espaço não é grande, não havia uma sensação de vazio; o público se distribuía entre mesas altas espalhadas no gramado artificial e a piscina, cujas águas estavam tão turvas que nos fizeram desistir imediatamente da idéia de um banho. Ninguém chamou nossa atenção, mas a recíproca não foi verdadeira; assim que nos acomodamos em uma mesinha próxima ao bar e pedimos uns drinks, fomos abordados por uma morena de topless que, num misto de acidez e simpatia, nos perguntou se “estávamos naquele cantinho para poder julgar os outros”. Ela obviamente estava certa, e nós obviamente negamos; a conversa durou mais alguns minutos, até o momento em que ela percebeu que do nosso mato não sairia cachorro e foi embora.
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Pegamos nossos drinks (um pouco abaixo do que esperávamos) e fomos conhecer o rooftop e as áreas de interação. O rooftop era perfeito: uma linda vista da Praia dos Amores e da Pedra Bonita, com o bônus de uma brisa refrescante. Por um momento pensamos em ficar por lá mesmo, seguindo o exemplo da Senhorinha Soneca e nos entregando ao sono, mas descemos e entramos nas áreas de interação. Mais uma vez, uma impressão positiva: o espaço é bem dimensionado (não é grande demais como o do Mistura Certa, nem muito pequeno como o da 2a2), refrigerado e bem distribuído: há uma área exclusiva para casais, um darkroom e diversas cabines com glory holes. O lado ruim? Estava vazio. As pessoas preferiam “resenhar” na piscina insalubre a fuder naquele climinha gostoso de montanha. Triste.
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Após esse tour, nos dirigimos para a jacuzzi (bem mais limpa que piscina), e ficamos um bom tempo por lá, relaxando. Quando saímos, depois do pôr do sol, decidimos fazer uma última visita ao rooftop e à área de interação antes de irmos embora. Retornamos primeiro à área de interação, que pelo menos não estava vazia; acontecia um ménage masculino em um dos quartos. Subimos para o rooftop, e enquanto bebíamos e fumávamos deitados nas espreguiçadeiras, um casal bonito e jovial nos abordou pedindo que os fotografassem. Foi o início de uma conversa surpreendentemente interessante, mas percebemos que eles estavam em outra sintonia – eram muito mais exibicionistas do que liberais. Assim, às 20h – horário que o day use terminava – fechamos nossa comanda e voltamos para casa.
No final das contas, gostamos da Riozin. O lugar é bonito, limpo, e os preços são razoáveis. O problema é o público, muito menos disposto à ação do que esperávamos – presenciamos, na piscina/jacuzzi, alguns boquetes, umas fodas meia-boca, e só. Isso chegou a ser engraçado, até: em determinado momento, o DJ sugeriu que as mulheres tirassem as partes de cima dos bíquinis, e disse “preciso de voluntárias pra tirar esse ranço de festa de clube!”; houve uma adesão. Mas, temos a esperança (ilusão?) de que nas festas noturnas talvez seja diferente, e pensamos em voltar à casa assim que possível.
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